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Confira a visita ao Domaine Potinet Ampeau, um mergulho nas safras da Borgonha.

No dia 13 de novembro de 2020 nós da Anima Vinum fomos fazer uma degustação no final do dia no Domaine Potinet Ampeau, especialista em vinhos de guarda que fica localizado na cidade de Monthélie na Côte de Beaune, Borgonha. 

Era um fim de tarde bem frio beirando os 3 graus, o pôr-do-sol nessa época é bem cedo por volta de 17 horas e por isso a noite já caia, assim como a neblina que começava a se acumular no alto de Monthélie. Essa pequena vila fica no alto de uma colina, tem uma paisagem incrível para as vinhas e ao horizonte podemos ver o Mont Blanc. É uma vila onde ciclistas profissionais e amadores gostam de percorrer por causa das íngremes ladeiras e a arquitetura local pitoresca com ruas bem estreitas ajuda a deixar a vila mais charmosa. Foi nesse clima de começo de inverno, paisagem bucólica, que fomos fazer uma degustação de vinhos no Domaine Potinet Ampeau. E que bom que fomos.

Ao chegarmos no local, a atual co-proprietária, Chantal Durrieu, nos recebeu com um belo sorriso dizendo que seu neto, o co-proprietário Vincent Durrieu estava a caminho. Uma espera de menos de 5 minutos com um convite para “se mettre au chaud” – irmos para um lugar mais quentinho – foi o suficiente para o Vincent chegar das vinhas com toda a sua energia e carisma.

Com roupas de vigneron – calça larga e suja de terra, bota grossa de trabalho, moletom de frio e colete para esquentar, ele estava animado em nos receber. Ele conhece a Anima Vinum há muito tempo e gosta do nosso jeito de ser. Ao entrarmos na sala de degustação principal ele nos mostrou algumas amostras de solos de parcelas que ele possui. O terroir da Borgonha. Os segredos entre as camadas de terra na nossa frente. Quando um vigneron expõe o seu solo é sempre algo bom. Podemos ver com clareza as diferentes camadas, cores da terra e entendemos como isso influencia diretamente no vinho.

Não ficamos muito tempo nesta sala, somente o suficiente para esquentarmos os nossos narizes gelados e recebermos as taças. O Vincent providenciou tudo, pegou a sua pipeta e disparou para a cave (adega): ele sabia que estávamos com sede. Sede de vinhos!

A sua cave é um labirinto de corredores longos e amplas salas onde estão toda a sua produção de vinhos distribuída entre barris de carvalho francês e garrafas envelhecendo lentamente. A degustação começou pelo vinho branco Aligoté 2019. Um vinho bem feito que mostra como é a sua entrada de gama. Um vinho seco e direto, como um Aligoté deve ser. Ele estava precisando de mais um ano para poder ser consumido, o que é normal já que ele ainda estava sendo envelhecido no barril. Quando comentamos isso e o fato de que adoramos um bom Aligoté, ele nos serviu um Aligoté 2015. Perfeito. Pronto para beber.

Depois desse nosso “aperitivo”, seguimos para uma outra sala, passamos pelo santo padroeiro dos vignerons, o Saint Vincent que nos observava, e degustamos os seguintes vinhos brancos da safra 2019 ainda no barril: 

  • Bourgogne Chardonnay
  • Meursault
  • Meursault Les Rougeots
  • Meursault 1er Cru Les Charmes
  • Meursault 1er Cru Le Porusot
  • Meursault 1er Cru Perrières
  • Monthélie
  • Puligny-Montrachet 
  • Puligny-Montrachet 1er Cru Champ Gain

Em seguida fomos degustar os vinhos tintos e a entre um barril e outro começamos uma conversa sem fim sobre gastronomia brasileira. Foi incrível! O Vincent e sua avó Chantal Durrieu estavam super curiosos com a nossa gastronomia. Para a surpresa deles, comentamos que o Brasil é um país onde o consumo de carne vermelha é alto. Eles imaginavam um grande consumo de peixes no país todo, já que temos um grande litoral, e a partir daí a conversa foi longa. Explicamos que o Brasil é 17 vezes o tamanho da França, que a diversidade gastronômica é extremamente rica e assim como em todos os países ela se adapta de acordo com a geografia. Depois de mencionarmos alguns pratos típicos, como churrasco, moqueca, arroz carreteiro, lagostas, pato no tucupi, acarajé, tainha, couve mineira, pirão, …percebemos que todos estavam com fome e que os nossos colegas franceses viraram fãs do Brasil!

Mas voltando aos vinhos…os vinhos tintos da safra 2019 que provamos foram: 

  • Monthélie
  • Monthélie 1er Cru Les Riottes
  • Monthélie 1er Cru Les Champs Fulliots
  • Pommard 1er Cru Les Pézerolles 
  • Volnay
  • Volnay 1er Cru Clos des Chênes

Terminamos a degustação na cave e voltamos para a sala de degustação principal. O Vincent Durrieu sumiu por alguns instantes e nós aproveitamos para falar da gastronomia francesa, sobre os pratos que mais gostamos como o jambon persillé (presunto temperado com salsinha e alho), o famoso boeuf Bourguignon, confit de canard, javali ao molho de vinho tinto… realmente estávamos famintos! Nesse momento o Vincent entra com algumas garrafas sem etiquetas e a nossa degustação tomou outro rumo. Um vinho Volnay 1er Cru Clos de Chênes 1997, Meursault 2000, e Pommard 1er Cru 2007. Ficamos tão felizes pela vasta degustação e tão em dúvida de qual vinho cada um de nós preferiu, que fizemos  uma nova rodada de cada um dos vinhos. A conclusão foi que cada um elegeu o seu vinho preferido diferente do outro e o Vincent sorriu, orgulhoso do seu trabalho e de nos proporcionar esse momento incrível num dia frio. A degustação no Domaine Potinet Ampeau nos fez reavivar a alma naquele fim de tarde frio na Borgonha. O modo acolhedor do Vincent e da sua avó Chantal e seus vinhos especiais tornaram a degustação um prazer e não uma tarde de trabalho. E é com esse espírito que apresentamos em nossa loja e site 6 grandes apelações do Domaine. Todos os vinhos foram envelhecidos na própria cave do Domaine sob o olhar e cuidados do Vincent Durrieu.

Dados do Domaine Potinet Ampeau:

  • Localização : Monthélie, Côte de Beaune Borgonha
  • Pequena propriedade de aproximadamente 10 hectares e 18 apelações
  • Vinhas nas cidades de: Monthélie, Volnay, Meursault, Puligny-Montrachet, Auxey-Duresses e Pommard
  • Domaine familiar: 5 gerações 
  • Especialista em vinhos de guarda desde a década de 50
  • Viticultura e vinificação: tradicional
  • Vinhos envelhecidos no próprio domaine
  • Atuais proprietários: Chantal Durrieu e seu neto Vincent Durrieu

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