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Descubra os aromas da Bourgogne

Vamos falar dessa vez dos aromas da Bourgogne, que inevitavelmente se refletem nos vinhos. A Percepção  dos aromas de um lugar, fixam na nossa memória, nos remetendo à viagens, pessoas e momentos da nossa vida.

O Olfato é um dos nossos sentidos mais sofisticados, está especialmente ligado às nossas emoções, aos nossos afetos. Quanto mais conseguimos armazenar lembranças olfativas, mais enriquecemos a nossa vida de momentos.

A Bourgogne é uma região imersa na natureza, rodeada de bosques, vinhedos, flores, alimentos e animais. Após uma viagem à Bourgogne muitas são as lembranças olfativas que ficam em nossa memória e não podemos separar essas sensações das sensações olfativas dos vinhos da região.

Sabemos que a origem dos aromas dos vinhos são fruto de um conjunto de fatores que derivam do solo, da fruta, do processo de vinificação e do envelhecimento, mas o ar da Bourgogne é impregnado de outros aromas que completam a nossa experiência de degustação no lugar.

Quem nunca ficou encantado com o cheiro peculiar de uma adega de produção ou de amadurecimento de vinho, muitas vezes cavada na terra ou na rocha, e rica de aromas que se desenvolveram durante séculos.

Aromas terrosos, minerais, florais fazem um conjunto único que remete aos bosques, ao solo, à vegetação, típica do lugar.

Quem pode dizer que a rosa que está plantada ao lado da videira, que o bosque que está em cima de um vinhedo ou que as gramas que estão ao pé das parreiras, não tenham se alimentado da mesma fonte, dos mesmos componentes orgânicos? Claramente, cada um vai assimilar e transformar esse componente da sua forma peculiar e específica, mas na nossa memória tudo isso tem uma ligação, uma lembrança que sempre se associa na nossa memória olfativa.

A Bourgogne produz os seus vinhos prevalentemente com 2 uvas: Chardonnay e Pinot Noir, ambas ricas em componentes aromáticos, a longa e complexa vinificação e o meticuloso envelhecimento, enriquecem o vinho em diferenciadas sensações aromáticas.

Essas sensações próprias dos vinhos, junto com os aspectos descritos acima criam a experiência aromática particular de cada indivíduo. Isso explica por que às vezes é difícil exprimir o que estamos sentindo querendo que outras pessoas sintam a mesma sensação. A experiência degustativa e aromática é própria de cada um e temos que respeitar isso. Cada um tem sua forma de procurar prazer.

Mais especificamente sobre os aromas dos vinhos da Bourgogne, os aromas são tantos que, o apreciador, encontra nos vinhos dessa região muitas vezes o vinho ideal, o vinho que satisfez quem aprecia as nuances, os detalhes.

Vamos tentar agora dividir esses aromas em grandes famílias.  ANIMAIS ( Couro, conchas, selvagem, ect), VEGETAIS (Flores, frutas, cogumelos, café, madeira, especiarias, anis, erva doce, trufas, etc), MINERAIS ( pedra de isqueiro, maresia, terra, ect) ALIMENTOS ( Caramelo, mel, manteiga, pão, carne, queijo) além aromas defumados, grelhados, etc.

FLORAIS: Rosas, Camomila, Jasmim, laranjeira. Muitas vezes esses são os aromas do vinho francês mais frescos, de grande elegância e fineza. É possível encontrar esse aromas em Chablis, Saint Véran, Montagny,Saint Aubin, Meursault.

FRUTAS FRESCAS: Pêra, maçã verde, limão ou outros agumes, banana, maracujá. Vinhos brancos mais jovens e a maioria das vezes sem envelhecimento em madeira. É possível encontrar esses aromas no Aligoté, Bourgogne, Macon, Chablis, Vezelay, Viré Clessé, Givry etc.

FRUTAS SECAS: Damasco seco, Manga Seca, Amêndoa, Avelã, Tâmara. Esses são aromas que nos remetem a vinhos já envelhecidos ou com uma permanência longa em Barrica. É possível encontrar esses aromas em Meursault,Puligny Montrachet, Chassagne-Montrachet, Corton Charlemagne, Chablis Premier e Grand Cru.

FRUTAS FRESCAS: Cassis, cereja, uva, framboesa, ameixa, figo, frutos de bosque, goiaba, groselha. Os vinhos jovens da Bourgogne nos oferecem esses aromas. É possível encontrar frutas frescas nos Bourgogne , Haute Côte de Nuits, Irancy, Marsannay, Chorey Les Beaune, Givry,  Epineuil.

FRUTAS COZIDAS: Ameixas em geleia, figo cozido, cerejas em geleia. São os aromas anteriores que evoluem com o envelhecimento do vinho. É possível encontrar esses aromas nos grandes vinhos como o Gevrey Chambertin, Aloxe Corton, Pommard, Maranges, Mercurey, e outros.

Esses são somente alguns exemplos, mas poderia mencionar muitas mais sensações olfativas.

É importante dizer, que somente podemos reconhecer esses aromas se eles já fazem parte da nossa memória olfativa, ou seja se a gente os sentiu pelo menos uma vez. Isso para dizer que um italiano dificilmente vai dizer que o vinho tem aroma de goiaba, se no correr da vida dele nunca tinha conhecido a fruta goiaba, por não ser comum no seu País e não ter tido a oportunidade de conhecer esse fruto.

Os vinhos da Bourgogne são ricos em aromas olfativos como de aromas gustativos, ou seja, eles têm uma ampla gama de sabores que na boca explodem completando a nossa experiência de degustação.

Os aromas que se apresentam na boca, em muitos países, inclusive na Bourgogne, podem avaliar o nível da qualidade de um vinho. Falo isso porque podemos avaliar os vinhos pelo número de “caudalias” (Unidade de medida de persistência aromática de um Vinho na boca depois que se mistura com a saliva).

Os vinhos podem ser avaliados pela P.A.I. OU SEJA Persistência – Aromática – Intensa. Para avaliar a P.A.I. de um vinho precisamos dar um gole e aguardar que o vinho se misture com a saliva, engolir o vinho e contar quantos segundos o vinho fica ainda na boca depois. Cada segundo corresponde à 1 “Caudalia “.

Um grande vinho branco tem alta qualidade quando conseguimos contar de 2 a 8 Caudalias. Um grande tinto tem alta qualidade quando conseguimos contar de 2 á 14 Caudalias. Sobre os vinhos da Bourgogne graças à intensidade e à multiplicidades dos próprios aromas alcançam sempre altíssimos níveis de qualidade. Vamos colocar essa teoria em prática?

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